21 dias por ano no trânsito das cidades

18/06/2022 às 10:11 am

Esse é o tempo que perdem no trânsito os moradores das capitais brasileiras segundo levantamento que mostra também que a pandemia e o trabalho remoto alteraram hábitos de deslocamento urbano no país

Os moradores das capitais brasileiras passam em média duas horas por dia no trânsito. No acumulado do ano, são 21 dias despendidos exclusivamente em frente ao volante ou no transporte público.  Os dados são da Pesquisa de Mobilidade Urbana 2022 feita em parceria pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o Serviço de Proteção ao Crédito 9SPC) e a Sebrae. Na comparação com o levantamento feito em 2017, contudo, houve redução de 28 minutos do percurso diário de tráfego.  Em números percentuais, a quantidade de tempo no trânsito entre os entrevistados em 2022 foi:

  • De 30 minutos a uma hora: 28%;
  • De uma a duas horas: 32%;
  • Mais de duras horas: 29%.

Para o presidente da CNDL, José César da Costa, a pandemia contribuiu para uma mudança comportamental na locomoção urbana. “A diminuição do tempo no trânsito, apontada pela pesquisa, é um reflexo disso, uma vez que muitas empresas passaram a utilizar o modelo híbrido de trabalho mesmo após o controle da pandemia”, disse Costa.

Transporte Público – O uso de ônibus, metrôs e trens é preferível pelo menor custo para 48% dos entrevistados. Outros 31% mencionaram a possibilidade de economizar dinheiro, enquanto 29% citaram que se trata do único meio disponível de locomoção. Facilidade de acesso (26%), agilidade (15%) e comodidade (12%) também foram citados.  O tempo de espera médio para a condução é de 23,7 minutos, com 40% dos usuários aguardando entre 15 e 30 minutos para embarcar. Na avaliação da qualidade do serviço, o destaque positivo foi atendimento do motorista ou trocador, considerado bom ou ótimo para 44%. Já as principais reclamações são relacionadas ao valor da tarifa e à segurança, ruim ou péssima para 68% e 53% dos passageiros, respectivamente.  Outros pontos negativos citados pelos usuários foram: Conforto (50%); Conservação dos veículos (46%); Pontualidade (45%). A priorização de faixas e corredores exclusivas para ônibus é benéfica na opinião de 69%, enquanto 83% concordaram com o fechamento de ruas e avenidas para o uso exclusivo de pedestres e ciclistas aos domingos. O ônibus é o meio de transporte mais utilizado nas capitais brasileiras nos deslocamentos diários, com 50% das menções. É seguido pelo carro (32%), a pé (22%), aplicativos de transporte (16%), moto e metrô, ambos com 11%. Para os que se deslocam a pé, a iluminação urbana é um fator importante na decisão de escolher esse meio para 79%, com 70% dizendo não se sentirem seguros ao caminhar onde vivem.  Em relação ao estado de conservação das ciclofaixas e ciclovias, 57% consideraram a estrutura de sua cidade adequada, contra 39% que a julgaram imprópria. O levantamento mostra que os aplicativos de transporte se popularizaram nas capitais, com 6 em cada 10 usuários relatando o uso desses serviços ou do táxi. Os aplicativos de transporte de passageiros tiveram avaliação boa ou ótima principalmente para conforto (77%), tempo de deslocamento (72%), conservação dos veículos (71%), atendimento do motorista e limpeza (69%). Já o valor tarifário foi criticado por 20%.

Trabalho Remoto –  A possibilidade da manutenção do regime de home office é aprovada por 68% dos usuários que relataram estar trabalhando pelo menos 3 dias em casa. São 17% os que disseram trabalhar desta forma.  Para José César da Costa, apesar do modelo híbrido favorecer a mobilidade e o bem-estar dos trabalhadores que podem aderir, isso não basta como solução para as grandes cidades, que ainda carecem de investimentos nos transportes públicos. A distância para chegar ao serviço, aliás, foi um problema para 42% dos entrevistados. Incluindo o deslocamento por lazer ou outras atividades, 27% deixaram de ir a algum lugar ou foram a pé por falta de dinheiro e 26% não encontraram meio de transporte disponível no horário.

Acesse a íntegra do Estudo clicando AQUI

Fonte : Portal 360 e Redação TRÂNSITO LIVRE 

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