Alemanha tem rodovias sem limite de velocidade, mas trânsito mata 4 vezes menos do que no Brasil

17/01/2020 às 2:27 pm

De acordo com levantamento do portal G1, o trânsito da Alemanha mata 4 vezes menos do que o trânsito brasileiro. Isso em um país onde 70% das rodovias não possuem limite de velocidade.

De acordo com a reportagem publicada ontem, os bons índices alemães podem ser atribuídos à consciência dos motoristas e ao conjunto de regras rígidas de trânsito, além de uma frota de automóveis moderna e segura, uma excelente infraestrutura e uma educação efetiva para o trânsito.

O Brasil, por sua vez, é o terceiro que mais mata no mundo, em uma lista com 175 países. Ficamos na frente apenas de Índia e China, países com mais de 1 bilhão de habitantes. Os dados são de um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Regras Rígidas

As regras que regulamentam as multas e infrações são muito rígidas na Alemanha. Um motorista pode levar apenas 7 pontos em sua habilitação. Ao chegar no oitavo ponto, o motorista tem a habilitação retirada. Quando acumula 4 ou 5 pontos, o motorista pode fazer um curso de reciclagem, que elimina as penalizações.

A multa para o condutor que for flagrado dirigindo com índice superior a 0,25 mg de álcool por litro de sangue é severa: dois pontos na carteira, suspensão de até 3 meses da habilitação e até 1.500 euros de multa (6.900 reais).

Conscientização

Além de uma regulamentação bastante rígida, a consciência coletiva dos motoristas alemães também colabora para um trânsito mais seguro. De acordo com a matéria publicada pelo portal G1, uma equipe de jornalistas esteve na Alemanha e percorreu cerca de 800 km, analisando comportamentos e práticas dos condutores alemães.

Segundo a matéria, os semáforos e faixas de pedestres costumam ser respeitados, mesmo em ruas vazias. Além disso, quase não acontecem ultrapassagens pela direita. Isso pois a faixa da esquerda está sempre disponível, já que os motoristas sempre retornam para a faixa da direita depois de realizar uma ultrapassagem. Outra prática percebida pela equipe do G1 foi a formação de corredores de emergência, onde os motoristas espontaneamente abrem um corredor entre as faixas cada vez que ambulâncias, viaturas e carros de resgate se aproximam.

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