Comportamento dos motoristas durante quarentena

07/06/2021 às 11:11 am

Tecnologia de carros conectados de uma empresa de tecnologia mapeou e analisou o impacto da quarentena na mobilidade viária no estado de São Paulo

A pandemia do corona vírus provocou grandes mudanças na rotina dos brasileiros, entre elas a forma de locomoção. Uma análise realizada no estado de São Paulo pela Smart Driving Labs apontou como os paulistanos se comportaram no trânsito no período. Entre janeiro de 2020 a março de 2021, a empresa analisou dados de viagem dos carros conectados pela plataforma de monitoramento e combinou essas informações com os dados sobre a Covid-19 fornecidos pelo governo brasileiro e pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Em seguida, as informações foram cruzadas com dados de tráfego fornecidos pela TomTom, uma das empresas especialistas em sistemas de navegação. Com a análise, foi possível afirmar as seguintes informações:

  • As primeiras medidas de restrição anunciadas em março de 2020 tiveram grande impacto na mobilidade no estado de São Paulo e também contribuíram para a diminuição do fluxo de veículos. Em abril de 2020, houve redução de 75% no tráfego em horários de pico, nos períodos da manhã e tarde.
  • As viagens realizadas e a velocidade média percorrida nos carros conectados foram menores que o habitual (pré-pandemia). Os trajetos curtos apontaram que as pessoas se locomoviam próximo às suas residências;
  • Os níveis de congestionamento de tráfego em 2020 nunca alcançaram os níveis de 2019 durante o período da pandemia. Quase não houve trânsito no período de lockdown.

Para Fernando Schaeffer, CEO da Smart Driving Labs, com a tecnologia para carros conectados é possível gerar dados que ajudam a mapear o comportamento dos motoristas, principalmente em grandes centros urbanos como São Paulo. “Os dados podem ser utilizados para criar medidas mais estratégicas em situações como a quarentena, já que é possível traçar um perfil de locomoção do motorista”, comenta. A empresa também analisou dados sobre tendências de pesquisas no Google e sua correlação com estatísticas de viagens, casos e mortes. Foi possível identificar que as pessoas buscavam mais pelo termo “covid” em março e, com a flexibilização da quarentena, houve uma queda na busca de informações sobre o tema entre julho e novembro de 2020. Com o aumento do número de casos, as buscas também cresceram a partir de novembro, apresentando alta significativa em março de 2021, com o novo pico de casos.

Fonte: Portal Segs

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