Free Flow. O fim das cabines de pedágio?

09/01/2023 às 11:33 am

Fim das longas filas e do desconforto de procurar moedas para pagar o pedágio. A partir de março deste ano rodovias do Rio de Janeiro e São Paulo testarão uma tecnologia chamada “Free Flow” que é, basicamente, uma versão sem cabines ou qualquer barreira física para efetuar o pagamento da tarifa de pedágio

O novo sistema foi desenvolvido pela Kapsch TrafficCom em parceria com a Concessionária CCR e foi aprovado pelo Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), em dezembro de 2022. A BR 101, no trecho entre a cidade fluminense do Rio de Janeiro e a de Santos, em São Paulo, será a primeira a contar com este inovador método de cobrança eletrônica de tarifas. A partir da experiência acumulada neste trecho, será possível expandir esse tipo de tecnologia para as demais rodovias concedidas.

O que é o pedágio Free Flow – É um sistema de livre passagem (sem praças de pedágio) que pode ser usado em rodovias e até em vias urbanas onde haja pedágio. Ao invés de cabines, o sistema efetua a cobrança por meio de antenas que são instaladas em pórticos e viadutos ao longo da via. Seu funcionamento é simple e se vale de uma TAG – assim como no Sem Parar – mas sem a cancela, o que facilita a fluidez do trânsito e dispensa a redução de velocidade dos veículos. Em um trecho com 10 praças, a novidade promete reduzir em uma hora de viagem.  A tecnologia é novidade no Brasil (após a sanção da lei 14.157/21), mas já é realidade em mais de 20 países, inclusive no Chile, único país da América Latina que possui o pedágio de passagem livre como oficial.

Como é o pagamento pelo Free Flow – Existem duas formas de cobrança. A primeira, através do escaneamento da TAG instalada no para-brisa dos veículos, como nos sistemas convencionais do Sem Parar instalados nas cabines de pedágio. O segundo, pela leitura da placa do veículo. Caso o motorista esteja utilizando a primeira opção, o pagamento já é debitado diretamente no cartão de crédito e com 70% de desconto! Na outra alternativa, da leitura de placa, o condutor/proprietário do veículo paga o pedágio através do app específico do sistema ou pelo portal da concessionária. É mesmo mais uma comodidade que a tecnologia oferece ao cidadão. Mas deve ser analisada com muito critério durante os testes que serão efetuados no Rio de Janeiro e em São Paulo. Isto porque, além de garantir que essa infraestrutura tecnológica de fato funcione – calculando corretamente o modelo de cobrança por quilometragem percorrida – será necessário convencer mais de 50% dos brasileiros que viajam pelas estradas e rodovias e que ainda não utilizam a cobrança automática convencional dos Tags de livre passagem instaladas nas cabines de pedágio convencionais. Segundo os defensores do sistema são muitas as vantagens para os motoristas. Por exemplo:

Cobrança mais justa – O valor da tarifa do pedágio deverá ser estabelecido a partir da quilometragem e distância percorrida pelo veículo e não em pontos fixos pré-estabelecidos.

Eficiência de recursos – A partir do momento que a construção da infraestrutura da praça de pedágio deixa de existir, o dinheiro das rodovias passa a ser destinado para outros projetos.

Agilidade e fluidez –  Além de diminuir – significativamente – o tempo de viagem, o novo sistema reduz ocorrências inesperadas nas filas, como colisões e evasões.

Redução de custos de logística – Os veículos terão menos gastos com itens como freio e óleo, que se desgastam mais rapidamente com as paradas constantes.

Fonte: Portal StartsE e Redação Trânsito Livre

últimas Postagens