Mortalidade no trânsito cai 32% no Brasil entre 2010 e 2018

29/05/2020 às 9:51 am

A taxa de mortalidade no trânsito brasileiro caiu 32% entre 2010 e 2018, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, com base no Sistema de Informações sobre Mortalidade desenvolvido para a pasta. Em 2018, o trânsito matou 14,8 pessoas em cada grupo de 100 mil habitantes, contra 21,8 mortes a cada 100 mil pessoas em 2010.

Considerando os números absolutos, em 2018 houve 32.655 óbitos por lesão de trânsito, contra 42.844 em 2010. Nesse caso, a queda foi de 23,8%. No entanto, é preciso considerar que a população brasileira aumentou nesse período, cerca de 7%, segundo o IBGE. Na comparação com 2017, quando 35.374 pessoas perderam a vida, também houve queda, de 7,7%. A taxa de mortalidade, no ano, foi de 17 pessoas a cada grupo de 100 mil habitantes. Ainda não há informações de 2019.

De acordo com o Ministério da Saúde, entre ocupantes de veículos, ciclistas, pedestres e motociclistas, este último grupo foi o que menos variação sofreu entre 2010 e 2018, com uma redução de apenas 3% na taxa de mortalidade. Veja, na tabela abaixo, o número de mortes, segundo o perfil. Por outro lado, os pedestres tiveram 49,3% menor incidência de acidentes de trânsito que acabaram em morte.O Ministério ainda informou que, entre 2010 e 2018, houve redução de pelo menos 50% no índice de mortes por lesões no trânsito em 5 capitais: São Paulo (-72,5%), Aracajú (-57,8%), Fortaleza (-51,2%), Recife (-50,4%) e Rio Branco (-50,0%). Porém, não há números absolutos de mortes nessas capitais, ou a taxa de mortalidade em 2010 ou 2018.

Mortes em acidentes de trânsito por perfil de vítima

Tipo 2010 2018
Ocupante de veículo 20.562 13.839
Motociclista 10.825 11.435
Ciclista 1.513 1.363
Pedestre 9.944 6.018
TOTAL 42.844 32.655

Considerando as regiões do Brasil, a Centro-Oeste foi a que apresentou a maior taxa de mortalidade, com 20,6 mortes por 100 mil habitantes. Na outra ponta, a região Sudeste teve a menor taxa, com 11,3 óbitos a cada 100 mil pessoas. Já entre estados, Tocantins, com 29,6 mortes, é o que apresentou a maior mortalidade por lesões de trânsito no Brasil, com o dobro da média nacional. Amapá, por outro lado, com 8,8 óbitos para cada 100 mil habitantes, tem a menor taxa.

O ministério também divulgou informações de mortalidade por faixas etárias. Nesse caso, os grupos entre 20 e 29 anos, assim como os maiores de 70 anos, tiveram a maior mortalidade em acidentes de trânsito em 2018, com 21,2 óbitos por 100 mil habitantes. A queda na mortalidade no trânsito brasileiro, segundo os dados do Ministério da Saúde, é uma boa notícia. O país, no entanto, segue entre os que possuem as taxas mais altas.

De acordo com o relatório da Seguradora Lider DPVAT de 2019, que é a responsável pela indenização do seguro obrigatório de todos os proprietários de veículos no país, após quatro anos de queda, as indenizações pagas voltaram a subir no Brasil. Segundo a Lider, em 2019, foram pagas 353.232 indenizações, 8% mais do que em 2018.

Do total, 11%, ou 40.721 foram por morte, 235.456 por invalidez permanente (67%) e 77.055 por despesas médicas (22%). Desde 2015 o número de indenizações vinha caindo – chegou ao pico de 763.365 em 2014.

Acidentes com motos representaram 77% das indenizações pagas pela Seguradora Líder. Em seguida, aparecem automóveis, com 16%, caminhões, com 4%, ônibus e vans, com 2% e ciclomotores, com 1%.

Perfil das vítimas que receberam algum tipo de indenização do DPVAT:

75% eram homens; 25% mulheres

26% das vítimas tinham entre 25 e 34 anos

23% tinham entre 45 e 64 anos

57% eram motoristas; 30%, pedestres e 13%, passageiros

Considerando o horário dos acidentes que geraram pagamento de indenizações, a maior recorrência é ao anoitecer, entre às 17h e às 19h59. A faixa foi responsável por 23,1% das restituições. Por outro lado, a menor incidência é durante a madrugada, período compreendido entre 0h e 5h59, com menos de 10% do total

Fonte: Ministério da Saúde e Seguradora Lider DPVAT

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