Mortes no trânsito voltam a subir no Brasil

23/05/2022 às 12:07 pm

Em 2021, 5 mil pessoas morreram em 64 mil sinistros de trânsito, de acordo com anuário da Polícia Rodoviária Federal divulgado neste mês de maio.

O número de mortes nas rodovias federais cresceu em 2021, na comparação com 2020, interrompendo uma série de quedas consecutivas observadas desde 2011. Os dados constam do Anuário 2021 divulgado no último dia 17 de maio pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). O número de ocorrências subiu de 63.548, em 2020, para 64.441 em 2021. Em 2011, quando teve início a sequência consecutiva de quedas, o total de registros ficou em 192.322. Os sinistros de trânsito registrados em 2021 resultaram em 5.381 mortes, ante as 5.291 registradas no ano anterior. Houve aumento no número de feridos, que passou de 71.480 para 71.690; e de feridos graves, que passou de 17.104 para 17.601, no ano passado. A base de dados apresentada no anuário tem início em 2007, quando foram registrados 127.671 sinistros, que resultaram em 6.742 mortes e 81.307 feridos. O ano com maior número de mortos em rodovias federais foi 2011 (com 8.675 óbitos). Naquele ano, o total de sinistros e de feridos ficou em 192.322 e 106.827, respectivamente. De acordo com o Anuário 2021 da PRF, Minas Gerais foi o estado com maior número de ocorrências (8.308), de feridos (9.962) e mortos (692). Santa Catarina e Paraná vêm em seguida, com um total de 7.882 e 7.330 sinistros, respectivamente.

Rodovias campeãs em mortes no trânsito – O levantamento apresenta também um ranking das rodovias com maior frequência de ocorrências. O trecho da BR-101 em Santa Catarina é o que lidera o ranking de sinistros (4.094) e de feridos (4.310), seguido da BR-116 em São Paulo, que registrou 3.099 ocorrências e 3.151 feridos. Já a rodovia que teve maior número de registros de mortos foi a BR-116 (SP), com 173 casos. Em segundo lugar ficou o trecho da BR-381 em Minas Gerais, com 162 óbitos; e da BR-101 na Bahia, com 153 mortes. Os trechos com pista simples são os que mais registram ocorrências e mortes no trânsito. Em 2021 foram 31.747 sinistros nesse tipo de pista, que resultaram em 3.652 mortes – número bastante acima das 1.494 mortes registradas nos 27.198 acidentes em pistas duplas -. As rodovias com pistas múltiplas, com várias faixas, registraram 235 mortes, em 5.496 sinistros.

Colisões causaram maioria das mortes no trânsito – A colisão frontal é o tipo de ocorrência que mais causou mortes no trânsito em 2021. Foram 1.585 vítimas fatais em 4.337 sinistros registrados. Em seguida ficaram os atropelamentos de pedestres, com 897 mortes e 2.906 episódios registrados. Ao todo, 5,24 milhões de infrações foram aplicadas em 2021 nas estradas federais. No ano anterior, este número estava em 5,18 milhões. Na série histórica, o ano com maior número de infrações aplicadas foi 2018, quando mais de 7,35 milhões de infrações foram registradas. O ano com menor número foi 2007 (1,85 milhões de infrações). O tipo de infração mais cometida em 2021 foi transitar em velocidade superior à máxima permitida em até 20%, com um total de 2,28 milhões de registros. Já a rodovia com maior número de infrações foi a BR-101, no trecho do Rio de Janeiro, com quase 604 mil registros.

Álcool, Direção e Drogas – O número de testes de alcoolemia caiu significativamente, de 893.344 em 2020 para 299.465 em 2021. O número de pessoas e veículos fiscalizados também caiu, no mesmo período. Em 2020, 9,39 milhões de pessoas e 10,6 milhões de veículos foram fiscalizadas. Em 2021, esses números caíram para 8,36 milhões e 9,47 milhões, respectivamente. O tráfico de entorpecentes resultou na prisão de 4.079 pessoas em rodovias federais. A PRF ressalta que, desde 2001, vem apresentando números crescentes de apreensões de drogas por todo o país. No ano passado, o recorde histórico foi em relação à quantidade de cocaína tirada de circulação das rodovias federais: 40 toneladas. Esse número é 25% maior do que o último recorde, que foi apreendido no ano de 2020. O anuário mostra que Mato Grosso foi responsável por 32% das apreensões de cocaína em 2021.

Fonte: Portal EBC

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