O papel do Estado é monitorar o transporte coletivo

22/05/2020 às 11:48 am

O Secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Alexandre Baldy, em entrevista promovida pela Fecomércio, afirma que é preciso repensar modelo de gestão no setor

 

Em videoconferência realizada na quinta-feira, 21, o secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Alexandre Baldy, defendeu participação efetiva do poder público no monitoramento e fiscalização do transporte coletivo nas grandes metrópoles brasileiras. Em sua opinião, é preciso que a haja boa interação entre o poder público e a iniciativa privada na gestão do transporte público, por se tratar de um setor estratégico para a sociedade nas grandes cidades. Para ele, é essencial que o Estado esteja presente no monitoramento, enquanto as empresas fazem a operação.

Ele cita o exemplo de São Paulo, em que o município paga por ônibus nas ruas, independentemente da quantidade de passageiros. Assim, é necessário que haja um monitoramento em tempo real do número de passageiros que entram no sistema de transporte, para que não haja ônibus de mais, nem de menos circulando.

Assim, foi possível implementar durante a pandemia do coronavírus, um monitoramento por hora, não somente do número de passageiros fazendo uso do sistema, como também da higienização dos veículos.

Baldy afirma que há necessidade de se pensar planejamento urbano de uma maneira mais unívoca. Unindo o Plano Diretor, com o Plano de Mobilidade Urbana e de Saneamento. Uma cidade não para de crescer, por isso, é preciso aliar o crescimento ao desenvolvimento para não onerar o poder público além da capacidade.

Soluções

Para isso, Baldy citou ser possível se pensar na implementação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que é um tipo de modal de média capacidade, já uma realidade no Centro da cidade do Rio de Janeiro, por exemplo. Há que se fazer um planejamento a longo prazo, buscando associar o poder público à iniciativa privada. As desapropriações poderiam ser evitadas criando empreendimentos em toda linha e transformando os donos dos terrenos em acionistas.

Além disso, salientou que a empresa tem que passar por governança e reestruturação interna. É preciso redefinir o modelo adequado para cada região. “É um desafio muito grande, vai ser ainda mais após a pandemia. Precisamos criar soluções metropolitanas, discutindo-se o plano diretor e adequando-o sempre ao desenvolvimento urbano a mobilidade”, disse.

Fonte: Jornal Opção

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