Projeto nos EUA quer dispositivo para impedir motoristas de dirigirem embriagados
Senadores norte-americanos planejam equipar carros novos com tecnologia que impede motoristas de dirigirem embriagados. A ideia é introduzir dispositivos, chamados de Ignition Interlock, no volante ou na ignição dos automóveis, onde o nível de embriaguez do motorista é medido. Caso os dispositivos detectem presenças significativas de álcool no organismo do condutor, o automóvel não dará a partida. O projeto também prevê a possibilidade de introduzir sensores para monitorar a respiração e o movimento dos olhos do motorista, com o mesmo objetivo.
Dispositivos de interrupção de ignição através de teste de alcoolemia não são novidade nos Estados Unidos. A ONG americana MADD (Mothers Against Drunk Drivers, ou Mães Contra Motoristas Embriagados) trabalha há décadas na promoção desses tipo de equipamento. O trabalho da organização fez com que muitos estados americanos aprovassem legislações para inserir dispositivos de Ignition Interlock em automóveis de motoristas condenados por dirigirem alcoolizados. De acordo com a ONG, mais de 1 milhão e 700 mil de motoristas foram impedidos de dirigir alcoolizados graças ao dispositivo.
A NHTSA (agência americana de segurança no trânsito) investiu mais de 50 milhões de dólares desenvolvendo dispositivos para medir alcoolemia dos condutores dentro de seus próprios automóveis. Esses aparelhos, que poderão equipar todos os carros novos vendidos nos Estados Unidos, já estão em fase de testes em diversos laboratórios americanos.
Os senadores Tom Udall e Rick Scott, autores do projeto, planejam aprovar a legislação o mais rápido possível. Depois de aprovada a nova lei, o governo terá cerca de 4 anos para garantir junto às montadoras que a legislação seja cumprida.
