Segurança e conectividade: Desafios da legislação e a realidade do trânsito

27/01/2022 às 10:36 am

O Seminário “O futuro do setor automotivo frente às novas legislações”, organizado e promovido pela Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), mostrou a busca por convergência das inovações tecnológicas com a legislação e a realidade de trânsito no País.

Na avaliação do vice-presidente da AEA, Marcus Vinicius Aguiar, “cada vez mais, segurança e conectividade veiculares são uma exigência do consumidor e também da legislação, diante das tecnologias disponíveis pela indústria e da realidade de trânsito. Por isso, a indústria precisa estar pronta, mas com previsibilidade de cumprimento das normas, diante da premência de se reduzir os índices de mortes e de lesões corporais dos cidadãos brasileiros”. Daniel Tavares, da atual Secretaria Nacional de Trânsito (SENATRAN), falando sobre o “Pnatrans – Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito”, tratou da Resolução 64/255 da Organização das Nações Unidas, que tem por objetivo a redução de mortes e lesões no trânsito. No Brasil, somente em 2018, por meio da Lei 13.614, foi instituída meta de se reduzir à metade o número de mortes por sinistros de trânsito. Tavares lembrou que o Pnatrans trabalha na questão veicular com três pilares – inspeção técnica, evolução tecnológica e telecomunicações embarcadas – de modo a validar o Sistema Seguro de Mobilidade. Segundo Tavares, “pesquisa realizada em 53 países mostra que aqueles em que o sistema seguro de mobilidade foi aplicado, o índice de mortalidade por ocorrências veiculares caiu drasticamente”. Carlos Gibran, membro da Comissão Técnica de Segurança da AEA, salientou que o setor automotivo brasileiro, em atendimento às normas do Contran – Conselho Nacional de Trânsito, estuda 38 tecnologias a serem regulamentadas, em favor da segurança dos ocupantes dos veículos e transeuntes. “Até o final deste ano, devemos concluir estudos de 10 temas tecnológicos; em 2022 mais 13”, disse Gibran.

Conectividade veicular – João Henrique Oliveira, presidente de Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, falou sobre “Carros conectados e autônomos em tempos de LGPD”. Fez uma ampla explanação sobre a sueca Volvo, fundada em 1927, montadora que, desde o seu surgimento, levantou a bandeira de segurança veicular. Oliveira narrou sobre a experiência da Volvo, da qual é também diretor no Brasil, em relação aos veículos da marca conectados e a LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados. “Temos adesão de 98% de nossos clientes ao nosso programa que pode controlar vários parâmetros. Mas estamos cientes da responsabilidade que temos diante da legislação brasileira”. Lucas Chamon, da RA Automotive Software Solutions, fez uma leitura ampla e futurística do que a rede mundial de computadores pode beneficiar o cotidiano das pessoas, em especial em relação às facilidades e conveniências no uso de veículo conectado.

Fonte: Portal Segs e Redação TRÂNSITO LIVRE

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