Tecnologia salvando vidas no trânsito

24/02/2021 às 3:14 pm

Desde que o homem começou a utilizar veículos motorizados, a preocupação com a segurança viária sempre andou lado a lado com a evolução tecnológica. Desde a transição das rodas de madeira para pneus de borracha até a criação de sistemas que evitam colisões.

Embora a proteção e preservação da vida sejam mais importante do que design e conforto, infelizmente, no Brasil, as evoluções tecnológicas com foco na segurança viária em mercados como o da Europa e dos Estados Unidos não chegam rapidamente. Mas, desde a promulgação do CTB, em 1997, diversas emendas à lei foram agregando obrigatoriedade às montadoras e esse abismo de segurança entre o Brasil e países do 1º mundo tem diminuído.

A evolução da tecnologia de proteção – Ainda nos anos 1950, a preocupação com a segurança viária e dos ocupantes começou a ser mais evidente na indústria automobilística. Surge, nessa época, os cintos de segurança de três pontos, criado por um engenheiro da Volvo, Nils Bohls. Embora representasse o maior avanço em equipamento embarcado de proteção individual, ele só foi popularizado muitos anos depois. No Brasil, o cinto de segurança só se tornou obrigatório no final dos anos 1990. E, apesar de se tornar rotina para quem senta nos bancos dianteiros, ainda é desprezado no banco traseiro, até mesmo por aqueles que sempre usam quando na direção ou como carona no banco da frente. Alguém sabe explicar esse fenômeno? O airbag, outro espetacular dispositivo (que só é eficiente se o cinto estiver atado, anotem isso) com patente datada de 1951, só apareceu duas décadas depois, no Oldsmobile Toronado de 1973. O primeiro veículo nacional a oferecer airbags foi o Fiat Tipo, lançado em 1996. Porém, lei tornando obrigatório o airbag só entrou em vigor no Brasil em 2014, junto com os freios ABS. Além de novos equipamentos, as montadoras também começaram a pensar em tornar a estrutura dos carros mais seguras. Foi assim que surgiram as zonas de deformação programada, em 1952. O princípio é simples: o carro absorve a energia do impacto ao amassar, evitando que a violenta energia chegue até os ocupantes. Já na década de 1970, outro sistema de segurança ativa foi desenvolvido: os freios ABS. O sistema que evita o travamento das rodas em frenagens foi lançado em 1978, no Mercedes-Benz Classe S. Novamente, a chegada ao Brasil foi tardia, ainda que com intervalo mais curto. O primeiro carro nacional a ter freios ABS foi o Volkswagen Santana, em 1991. Mas desde 2014 o item é obrigatório em todos os carros novos.

Controle de estabilidade – A virada dos anos 80 para os 90 ainda marcou a chegada de outros dispositivos de segurança ativa: os controles de tração e estabilidade, que ajudam a corrigir a trajetória dos veículos em situações de pouca aderência. Após anos de desenvolvimento, o lançamento aconteceu em 1995. Nesse caso, já com o mercado aberto a importações, e com a instalação de novas fabricantes de automóveis em solo nacional, a chegada desses dispositivos foi mais rápida, acontecendo ainda na década de 1990.

Frenagem automática de emergência – Hoje, até mesmo top de linha de modelos compactos, como o Hyundai HB20, Peugeot 208 e o Volkswagen Nivus, trazem recursos como frenagem automática de emergência, alerta de mudança de faixa e de ponto cego. Outros modelos, mais caros e sofisticados do mercado brasileiro, reúnem todas essas funcionalidades.

Futuro – As mais recentes inovações em segurança viária estão “pavimentando” o caminho para a evolução do carro autônomo. Embora ainda haja muito o que fazer, tanto sob o ponto de vista da tecnologia embarcada, como na educação do condutor e na qualidade das vias, sabemos que o futuro será com menos sinistros no trânsito e, portanto, menos mortes e ferimentos. Tudo, graças à constante busca pela inovação e a adoção da tecnologia da segurança viária na indústria automotiva.

Fonte: Portal Primeira Marcha

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