Após 7 anos, número de mortes em rodovias federais volta a crescer

30/01/2020 às 11:09 am

O número de mortes em rodovias federais cresceu pela primeira vez em sete anos. Em 2019, foram 5332 vítimas, 61 a mais do que no ano anterior. Além do número de mortos, houve crescimento de 5% no número de feridos em relação à 2018. Os dados são da PRF (Polícia Rodoviária Federal).

O aumento do número de vítimas nas rodovias federais coincide com o primeiro ano de gestão de Jair Bolsonaro e com a decisão do Governo Federal de suspender, em agosto, a fiscalização por radares móveis em rodovias federais. A decisão foi revertida em dezembro pela Justiça Federal, que determinou a volta do uso dos aparelhos pelos agentes da PRF.

Porém, uma reportagem da Folha de São Paulo apontou uma redução drástica no número de radares em funcionamento nas rodovias operadas pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Segundo dados obtidos através da Lei de Acesso à Informação, haviam 731 radares operando em janeiro de 2020. Em 2016, o balanço do órgão apontava 3.467 equipamentos.

De acordo com o Presidente da Confederação Nacional dos Transportes Vander Costa, entrevistado pelo jornal Folha de São Paulo, a redução do número de mortes nos 7 anos anteriores à 2019 se dá por uma série de fatores: “a lei seca, o controle de veículos pesados, a obrigatoriedade do exame toxicológico, o aumento da quantidade de radares. Se você retrocede em um deles, o número pode voltar a crescer”, diz o especialista.

Segundo a PRF, entre 2011 e 2018 houve uma redução de 39,2% no número de mortes em acidentes viários. Em 2019, o número cresceu especialmente nos estados de Minas Gerais, Paraná e Bahia, que concentraram a maior parte das mortes. Do total de vítimas, 82% são homens, e 18% são mulheres.

 

 

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