Exame toxicológico preventivo para motoristas

19/09/2016 às 5:21 pm

Publicado em: Rádio Guaíba

Com o tema, Eu sou + um por um trânsito + seguro, a Semana Nacional do Trânsito começa neste domingo e se estende até o próximo, dia 25 de setembro, com uma série de programações por todo estado, além da realização de blitzes educativas e de fiscalização. Entre as atividades agendadas ganha destaque um debate sobre recentes mudanças na Lei do Motorista, que obrigam exames toxicológicos para profissionais que dirigem caminhões, ônibus e lotações, responsáveis por transportar cargas ou passageiros. A iniciativa é nova e entrou em vigor no começo deste ano em todo o Brasil. Desde a vigência, milhares de motoristas já foram reprovados nos exames e fastados das funções em diversos estados do País. A discussão é organizada pelo Instituto Zero Acidente e pelo Sindicato dos Transportadores e Logística do Rio Grande do Sul (SETCERGS), que vai receber o evento na próxima sexta-feira, na sede do sindicato, no bairro São Pedro, em Porto Alegre.

O presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação de Porto Alegre, Vanderlei Capellari, é um dos debatedores. Ele argumenta que medida semelhante já é adotada para os pilotos de aviões gerando benefícios para a segurança dos voos e, por isso, defende a mesma prevenção nas estradas. “No setor da aviação esta medida já é considerada positiva e nas rodovias ou na área urbana o objetivo é o mesmo : preservar vidas. O exame toxicológico para motoristas é um avanço e precisa ser mantido. Até pode haver correção em alguns mecanismos e o debate é importante para estes esclarecimentos”, analisou.

Capellari pondera que a reprovação no exame não representa um risco de demissão para o motorista, que vai seguir sob a atenção da empresa mesmo sendo afastado temporariamente. “Se for constatada uma dependência é necessário um tratamento e as empresas tem dado este apoio. O exame toxicológico não pode ser visto como uma punição e, sim, é um meio que serve também para que o profissional do trânsito cuide da própria saúde”, concluiu.

O exame é feito apenas quando o motorista vai renovar a CNH ou mudar de categoria. O teste toxicológico consegue detectar substâncias como cocaína, crack, maconha, anfetamina e suas derivações dentro de 90 dias. Caso o motorista seja reprovado, ele precisa esperar mais 90 dias para fazer um novo exame.

O uso dos chamados rebites, que são estimulantes para se manter acordado, se tornaram hábito comum entre alguns caminhoneiros que permaneciam mais tempo ao volante com o objetivo de acelerar a viagem. Entretanto, o consumo deste tipo de droga é responsável pela causa de acidentes e serviu para implementar a obrigatoriedade do exame toxicológico entre a classe.

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