Norte e Nordeste são líderes de mortes no trânsito.

01/10/2023 às 11:12 am

Constatação faz parte de estudo do Ipea que avaliou a primeira “Década da Ação pela Segurança no Trânsito no Brasil (2011-2020)”, que previa a redução da mortalidade em 50%.

O trânsito brasileiro mata muito, mutila demais e ainda custa muito caro. Dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) também identificaram que as ocorrências de mortes no trânsito geram custos superiores a R$ 50 bilhões por ano As regiões Nordeste e Norte seguem concentrando o maior crescimento no número de mortes no trânsito brasileiro, respondendo por 45% do aumento nos óbitos nos últimos dez anos. A constatação foi feita no documento “Balanço da 1ª década de Ação pela Segurança no Trânsito no Brasil e Perspectivas para a 2ª década“, divulgado nacionalmente pelo Instituto no início do mês de agosto passado. Os dados dizem respeito aos sinistros de transporte terrestre nas duas primeiras décadas do século XXI no Brasil.

Motociclistas e jovens são as principais vítimas – A morte de usuários de motocicleta também segue em destaque. Segundo o Ipea, cresceu 150% em relação à década anterior. O crescimento da frota de automóveis e motocicletas contribuiu também para o aumento da mortalidade nessas regiões. As regiões Sul e Sudeste apresentaram queda de 1,5% e 2,8%, respectivamente, enquanto a Região Centro-Oeste registrou alta de 14% nas mortes. Quando a análise é feita sob o recorte da faixa etária, a constatação se repete: são os jovens as principais vítimas. 1/3 são de pessoas muito jovens (até 15 anos) e 2/3 delas têm menos de 50 anos. Sinistros de trânsito com motocicletas responderam por 44% dos óbitos na faixa de 15 a 29 anos. Enquanto as mortes por atropelamento são responsáveis pela maior parte dos óbitos envolvendo pessoas com mais de 70 anos. E, segundo os dados da PRF, responsável pela fiscalização e controle do trânsito em rodovias federais em todo o País – usados como base para análise do Ipea -, a principal causa dos sinistros nessas rodovias é a falta de atenção ou reação dos motoristas, motociclistas e pedestres (36% das ocorrências). Questões comportamentais estão associadas à boa parte das ocorrências, como a desobediência das regras (14,4%), excesso de velocidade (10%) e uso de álcool e outras drogas (5%). O principal tipo de ocorrência é a colisão frontal, responsável por quase 40% das mortes no trânsito. Os pesquisadores do Ipea também identificaram que as ocorrências de mortes no trânsito geram custos superiores a R$ 50 bilhões por ano, gerando forte impacto na economia por conta dos gastos com a Previdência Social e a redução de renda das famílias atingidas, além dos altos custos hospitalares e danos patrimoniais. O documento “Balanço da 1ª década de Ação pela Segurança no Trânsito no Brasil e Perspectivas para a 2ª década” foi elaborado pelos pesquisadores Carlos Henrique Carvalho e Erivelton Pires Guedes, técnicos de planejamento e pesquisa do Ipea. Confira a publicação na íntegra clicando (AQUI)

Fonte: Artigo de Roberta Soares no Portal UOL e Redação Trânsito Livre

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