Placa Mercosul: Agora é definitivo. Saiba o que muda e o que é preciso fazer

Na próxima semana, a partir do dia 31 de janeiro de 2020, a placa Mercosul estará valendo em todo o território brasileiro, em substituição ao modelo cinza, conforme comunicado do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) aos órgãos estaduais (DETRANs) que tiveram tempo suficiente para fazer as adequações. De acordo com o documento do órgão federal, não há previsão de novo adiamento.

Criado em 2014, o padrão Mercosul já é utilizado há mais de um ano no Brasil. A estreia foi em setembro de 2018, no Rio de Janeiro, e hoje já está disponível em outros dez Estados: Acre, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rondônia e Rio Grande do Sul.

Mais de 4,8 milhões de veículos já circulam com a nova placa no País. O formato também é adotado na Argentina, no Paraguai e no Uruguai, com algumas diferenças em relação à versão brasileira.

Mas o que de fato muda na vida dos brasileiros com o padrão Mercosul?

Veja, a seguir, as perguntas mais frequentes e as respostas corretas para cada uma delas:

Vou ter de trocar a placa do carro?

Conforme a Resolução 780/2019 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), a partir da virada do mês a placa Mercosul será obrigatória apenas no emplacamento de veículos novos. Ou seja, nenhum proprietário com carros emplacados nos modelos atuais precisa, necessariamente, trocar a placa.

Entretanto, quem possui placa cinza terá que substituí-la pelo novo modelo quando houver mudança de categoria do veículo; quando o mesmo for furtado e recuperado e quando houver extravio, roubo ou dano à placa original. A troca também deve ser efetuada em caso de transferência do registro para outro município ou Estado.

Com as mudanças no layout da nova placa quem já tem a placa MERCOSUL precisa mudar?

Não. Os proprietários que já utilizam a placa Mercosul com o layout antigo (com o símbolo da cidade) não terão de comprar outra nessa circunstância. O novo padrão não exibe a cidade onde é realizado o emplacamento.

Quem assim desejar, poderá trocar voluntariamente a placa cinza pelo novo modelo. È só procurar o DETRAN de seu estado e agendar o serviço.

O que a nova placa traz de diferente?

A placa cinza traz uma combinação de três letras precedendo quatro números. A nova placa Mercosul é formada por três letras, um número, outra letra e dois algarismos, nessa ordem.

Essa troca de um número por uma letra permite quantidade muito maior de combinações alfanuméricas: serão possíveis cerca 450 milhões de combinações, a serem compartilhadas entre todos os países do Mercosul. Bem mais do que as 175 milhões de possibilidades das atuais placas com fundo cinza.

Além disso, as novas placas preveem um banco de dados integrado entre os países que adotam o formato, permitindo aos agentes de trânsito e polícias consultarem as informações de determinado veículo, seja ele registrado no Brasil, na Argentina, no Paraguai e no Uruguai.

Para completar, a cor dos caracteres muda de acordo com a categoria do veículo:

Preta — carro particular

Cinza — veículo antigo de coleção

Vermelha — comerciais ou de aprendizagem

Amarela — diplomático ou consular

Verde — especial (como protótipos de testes)

Azul — veículos de órgãos oficiais

 

Atualização: após decisão do Denatran, o prazo para a implementação das novas placas foi prorrogado para 17 de fevereiro em cinco estados: Minas Gerais, Mato Grosso, Tocantins, Sergipe e Alagoas.

 

Informações do site UOL