Saiba onde estão os 10 piores trechos das estradas

22/10/2018 às 2:48 pm

Publicado em Auto Papo

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) e o SEST SENAT avaliaram 107 mil quilômetros de estradas brasileiras para apresentar uma pesquisa que apontasse qual é a real condição da malha rodoviária do país. A conclusão é ruim, mas esperada. É que os motoristas brasileiros convivem diariamente com a situação deplorável das vias, que causam insegurança e aumentam o desgaste dos automóveis.

A Pesquisa CNT de Rodovias aponta que as condições do pavimento das estradas brasileiras representam acréscimo médio do custo operacional do transporte da ordem de 27%. As deficiências impactam a manutenção dos veículos, com maior desgaste de pneus e freios e aumento do consumo de combustível.

Outra revelação trazida pelo estudo é que condições da geometria (o traçado, conformação entre retas e curvas) das estradas brasileiras preocupam, pois 75,7% da extensão avaliada foi classificada como regular, ruim ou péssima. A situação do pavimento também é deficiente em 50,9% da extensão total avaliada. ​​

Outro número que aparece em destaque é o aumento de pontos críticos, que passaram de 363 para 454 casos. Eles representam situações graves que ocorrem na via e podem trazer riscos à segurança dos usuários, além de custos adicionais, devido à possibilidade de dano severo aos veículos, aumento do tempo de viagem ou elevação da despesa com combustível.

Em 2018, foram identificadas 13 quedas de barreira, 4 pontes caídas, 124 pontos com erosão na pista e 313 trechos com buraco grande.

Em resumo, de acordo com o levantamento, 57% dos trechos avaliados apresentaram estado geral com classificação regular, ruim ou péssima. Em 2017, o percentual com algum problema foi de 61,8%.

Sinalização das estradas brasileiras está melhor este ano

As placas de limite de velocidade, faixas centrais, laterais e defensas – elementos inseridos nas vias com a finalidade de reduzir o impacto de possíveis colisões, agora estão mais presentes. Em 2018, o percentual da extensão das rodovias com sinalização ótima ou boa foi de 55,3%. No ano passado, o número representava 40,8%. A melhora de 14,5 pontos percentuais pode ser explicada pelos avanços nos programas dedicados à adequação da sinalização, sobretudo em rodovias federais.

“Temos que redefinir prioridades e implementar medidas que garantam de fato a recuperação da economia. Para tanto, é imprescindível melhorar a qualidade de nossas rodovias, reduzindo, assim, os acidentes e as mortes, o consumo de combustível e o desgaste dos veículos. Mais de 60% do transporte de cargas e mais de 90% dos descolamentos de passageiros do país são feitos pelas estradas”, explica a CNT.

Estradas brasileiras públicas x privadas

Do total de rodovias analisadas, 87.563 km são de estradas administradas pelo poder público e 19.598 km são de rodovias concedidas para a iniciativa privada.

Entre as administradas pela iniciativa privada, 18,1% foram classificadas como regulares, ruins ou péssimas. Já entre as rodovias de gestão pública esse índice sobe para 65,8%.

Todas as dez melhores ligações rodoviárias do país passam por São Paulo e são constituídas de rodovias concessionadas .

Saiba onde estão as 10 piores e melhores ligações rodoviárias do Brasil

Ligação rodoviária é uma extensão formada por uma ou mais rodovias federais ou estaduais pavimentadas, com grande importância socioeconômica e volume significativo de veículos de cargas e/ou de passageiros, que interligam territórios de uma ou mais Unidades da Federação.

Estudo realizado pela CNT aponta os principais problemas das estradas brasileiras. Mais de 57% da malha rodoviária do país está em más condições.
Imagem CNT | Divulgação

Nesta quinta-feira, 18, a Comissão de Viação e Transportes aprovou emendas ao Orçamento de 2019 para reforçar obras em rodovias e ferrovias e para infraestrutura da Aeronáutica na região da Amazônia. O deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), presidente da comissão, defendeu uma suplementação de mais R$ 200 milhões para a duplicação da BR 381.

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