Como a tecnologia pode nos salvar dos congestionamentos

02/10/2018 às 1:45 pm

Publicado em Terra

O modelo de transporte das cidades será muito diferente em alguns anos. Antes de ser uma previsão, essa frase é um ultimato: até 2050, estima-se que o número de carros no mundo chegue a três bilhões, representando um crescimento de quase 200% no número de automóveis particulares, segundo relatório da Fuel Freedom Foundation – o estudo não conta outros veículos como caminhões ou ônibus.

Frente a essa realidade, governos locais buscam soluções para aumentar a eficiência logística, sobretudo em megalópoles. Para que todos consigam se locomover será necessário repensar a forma como o transporte público está estruturado.

A cidade de Columbus, em Ohio, é um exemplo vivo disso. A mudança no sistema de transportes oferecido pela prefeitura faz parte de um projeto maior para transformar Columbus numa cidade inteligente. Até 2019, ela já deverá contar com ônibus autônomos, luzes de LED sensíveis ao movimento e que fornecem sinal de Wi-Fi, além de 175 sinais de tráfego inteligentes para aliviar os engarrafamentos.

A prefeitura planeja ainda lançar um aplicativo que os moradores possam usar para planejar e pagar viagens que exigem vários tipos de transporte público (como metrô + ônibus). Ao invés de apenas “evoluir” o sistema que já possui, Columbus está indo além, remodelando completamente o seu sistema de transportes.
Outra cidade que busca modernizar o transporte coletivo é Pittsburgh, também nos Estados Unidos. O governo local está, gradualmente, instalando “corredores inteligentes” nas ruas. Esses corredores armazenam dados sobre o trânsito, condições do ar e outras informações sobre o transporte da região. Esses dados são analisados e armazenados para melhorar o tempo dos semáforos de trânsito, gerar novas linhas de ônibus e outras iniciativas públicas.

Em Cingapura, um local que sofre com o trânsito por conta da aglomeração de muitas pessoas em espaços pequenos, o governo tem investido não apenas em veículos autônomos, mas também em “carros” voadores para liberar as estradas. Em parceria com a Airbus, Cingapura planeja disponibilizar um meio de transporte semelhante ao Uber, mas que voaria para longe do trânsito. O plano é que os carros voadores sejam comuns nos céus de Cingapura a partir do ano de 2030.

Sem sombra de dúvidas, a China é o país que mais sofre com congestionamentos. Em 2010, a cidade de Beijing registrou um congestionamento que durou 12 dias. Dado o problema, diversas empresas de tecnologia ofereceram seus serviços para evitar outros episódios do tipo. A chinesa Didi Chuxing foi escolhida pelo governo local para mudar o panorama e utilizou-se de Big Data para chegar a solução do problema. Com dados completos sobre itinerários de ônibus, carros comerciais e particulares, além de bicicletas, a empresa conseguiu redesenhar o trânsito na cidade e nenhum engarrafamento com duração de mais de um dia foi registrado novamente. A empresa utilizou os dados colhidos para mudar sentidos de ruas, itinerários de ônibus e o posicionamento de semáforos.

Sem a ajuda da tecnologia, não será possível a coexistência de tantos automóveis no meio urbano. Em algumas cidades italianas, por exemplo, existem restrições totais quanto ao uso de carros no centro. A tecnologia é uma alternativa à restrição, pois propõe soluções inteligentes para o problema.

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